sexta-feira, 25 de abril de 2008

A dadiva de se crescer na companhia de uma maninha!

Penso em ter pelo menos dois filhos e sem ter uma diferença muito grande de idade para um fazer companhia para o outro como aconteceu comigo e minha irmã.Quando pequenos aprendemos a falar nossas primeiras palavras juntos mas não ficou restrito aprender a balbuciar as palavras corretas , com o tempo aprendemos a arte de expressarmos nossos sentimentos pela palavra r!Foi com ela que comecei a dar a importância de como um elogio pode alegrar, como uma palavra pode ferir, como uma palavra pode consolar.Aprendi a ver na sua expressão facial o poder de algumas palavras,tive a imensa alegria de ver como eu era capaz de trazer um sorriso no meio de lagrimas e já morri de remorsos por tirar seu sorriso e lhe trazer tristeza por uma palavra dita sem pensar...Lembro que as vezes quando eu e ela aprontavas a nossa mãe colocava- nos de castigo nos proibindo de conversar pois mesmo que ficassemos presos na cama sem poder fazer nada se pudessemos conversar nos divertiamos tanto que nem podia ser considerado castigo.
A nossa criatividade quando pequenos era incrível , como eu sou menino e ela é menina não compartilhavamos de brincadeiras clássicas juntos(carrinho ou boneca,) então inventavamos nossas brincadeiras de irmãos com a nossa imaginação, bolavamos inúmeras histórias,aventuras,castelos feitos de almofadas de sofá(neste caso sempre tinha o guardião que avisa quando a "doce mãe dragão" estava chegando para estragar a farra,hehe),bolávamos olimpiadas de obstáculos com provas do tipo: como quem passava em menos tempo de baixo de determinado numero de cadeiras,nos divertiamos bastante!Lembro de uma brincadeira cruel da minha parte no qual eu me fingia de morto pois ela começava a me balançar falando :Para de brincadeira Ito(assim que ela me chama)e eu continuava fingindo,ate que ela começava a chorar de tristeza e eu então acordava e pedia desculpas(mas depois retornava a fazer e ela acreditar).Ver sua tristeza por pensar que não teria mas a minha companhia me alegrava por ver que ela tinha a mesma consideração e carinho que eu tenho por ela.As nossas brigas eram clássicas também,cada um conhecia o que irritava o outro e fazia só pelo prazer de provocar e ver a barraca pegar fogo,eu sempre tive que ser mais tolerante(mas não vou dizer que sempre conseguia) pois não podia bater nela pois ela era menina mas a minha irmã não tinha dó não,metia tapa,unhada (mesmo assim eu não deixava ela em paz,hehe).Um fato interessante foi uma vez que ela pegou um fio e me bateu do nada,eu gritei logicamente e perguntei porque ela havia feito aquilo,ela simplesmente respondeu:Pra ver se doi!Imediatamente chamei minha mãe e contei o caso e ela disse:vamos ver se doi então e bateu nela com o fio.
Mas o legal das nossas brigas eram as reconciliações forçadas onde sempre tinhamos que nos abraçar e prometer que não brigariamos mais e que seriamos bons irmão,bem somos bons irmãos não porque nunca mais brigamos mas porque sempre nos reconciliamos depois(espero que sempre seja assim...) o sentimento de se arrepender e de perdoar é uma constância entre a gente.Este sentimento podia ser irrestrito para todas as pessoas.
No quesito personalidade somos diferentes:ela muito organizada,vaidosa,tem estilo de liderança e super responsável,enaquanto eu sou meio desorganizado,meio largado e também dificilmente me preocupo muito com alguma coisa.Um vive brigando com o outro sobre tais adjetivos,pedindo para não ser extremista, e falando que sua maneira de levar a vida é que a certa.Mas irmãos não tem que serem iguais para darem as mãos isso é um bonito fato,eu sempre chegava no colégio quando pequeno de mãos dadas com ela,outro episodio legal que acontecia era quando eu andava com ela;eu tinha cerca de 5 anos,ficava falando:ela é minha irma!nao mexe com ela!Eu também não gostava de ver minha mãe batendo nela e ficava falando:Bate não mãe,bate não.
Eu gosto muito da minha maninha,hoje eu tenho vinte anos e ela dezoito,temos tantas obrigações e tarefas distintas que falta tempo para passarmos sozinhos conversando,brincando e enchendo a paciência do outro mas mesmo assim quando me sobra um dinheirinho costumamos sair para o shop,e aproveito para conversar e simplesmente ter a sua companhia e me divertir com ela,sei que o tempo vai nos separar logo cada um de nos iremos casar e constituirmos família,e o nosso tempo junto ira diminuir, a tranquilidade de antes de dormir ver e observar a minha irmã e ver que ela esta bem nao ira mais acontecer.Mas quando isso ocorrer,meu amor,carinho e consideraçao irao continuar e não existira marido e esposa que impessa de desfrutarmos da nossa verdadeira amizade de irmãos!

ps :quem tiver a dádiva de ter a minha Irma como esposa terá a responsabilidade e obrigação de não lhe trazer tristeza,eu a amo e sou irmão coruja sim.

4 comentários:

Angel disse...

Oi Italo!!
eu gostei muita da forma como vc expressou os seus sentimentos em relaçao a sua irma. Me fez lembrar muito a minha infancia de brincadeiras, brigas e reconciliaçoes(com as 4 irmas do barulho).Principalmente do carinho e amor que eu sinto pela minha melhor amiga e maninha andrea que é muiito especial vc sabe... ;)
parabens pelo texto!!

Tássio disse...

Parabéns pela belíssima relação q vc tem com a sua irmã. Eu sei como vc é ser o irmão mais velho, e de certa forma ter mais responsabilidade. Agora imagina só eu e o Diógenes q nem temos 1 ano de diferença (são 11 meses, e volta o cão arrependido, eheh) e ainda temos o mesmo sexo?? Pode não parecer mais somos muito unidos, acho q é por isso q nem falamos tanto no 339, pois não é preciso palavras na nossa relação, ele sempre entende o q eu sinto e vice-versa.

Gabriele Lopes disse...

Ai q declaração!
Sorte da sua irmã por ter um irmão q gosta tanto dela.

É muito bom mesmo ter um irmão pra encher o saco hihihi

Unknown disse...

Tua irmã leu?
Ela tem sorte em ter um irmão que goste tanto dela assim e demonstra isso...